RÁDIO NO MUNDO: Consumo de notícias pelo rádio cresce nos EUA

Levantamento da YouGov reforça relevância e confiabilidade do meio no cenário informacional do país

O consumo de notícias via rádio cresceu entre os norte-americanos no último ano, mesmo diante da concorrência crescente de plataformas digitais. De acordo com uma pesquisa recente conduzida pela YouGov, 29% dos adultos nos Estados Unidos relataram ter utilizado o rádio como fonte de informação no último mês, um avanço em relação aos 27% registrados no ano anterior. O acaert-br.noticiascatarinenses.com já havia destacado esse movimento em março ado, quando índices da Nielsen Audio já estavam sugerindo um crescimento de audiência em emissoras de notícias.

Apesar de ainda estar atrás de canais como redes sociais (61%), televisão (60%) e conversas com amigos e familiares (45%) no ranking de uso, o rádio mantém presença significativa entre determinados grupos demográficos. Entre os adultos com 45 anos ou mais, 34% afirmaram recorrer ao rádio para se informar, enquanto na faixa de 18 a 44 anos o índice cai para 23%. O meio também apresenta maior penetração entre republicanos (37%) e independentes (32%), frente aos 23% entre democratas.

Um dado que chama atenção é o crescimento no uso do rádio justamente entre as audiências alinhadas aos democratas: o percentual ou de 29% para 35%, um salto de seis pontos percentuais — o maior entre todos os grupos analisados.

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Além do crescimento na audiência, a confiança no rádio se destaca. Estudo realizado pela Katz Radio Group em 2024 revelou que o meio é considerado o mais confiável entre os canais de comunicação em massa nos Estados Unidos, com quase 80% dos adultos atribuindo altos índices de confiança ao veículo. O número é superior ao obtido por jornais impressos e mais que o triplo da taxa atribuída às redes sociais, que aparece com apenas 27%.

No recorte de empresas, a NPR (National Public Radio) foi a única representante do setor radiofônico a figurar entre os veículos mais confiáveis na medição da YouGov, com pontuação líquida de +17, ao lado de nomes como Reuters e Associated Press, e à frente das principais redes de televisão dos EUA.

Mesmo diante da ascensão de opções digitais — como podcasts (25%), newsletters por e-mail (22%), plataformas de vídeo (16%) e blogs (11%) —, o rádio segue superando esses formatos em alcance e mantém sua relevância no ambiente informativo norte-americano. Apenas 5% relataram recorrer a chatbots de inteligência artificial como fonte de notícias.

O cenário atual destaca os desafios e as oportunidades do setor: embora precise continuar sua adaptação ao ambiente digital e conquistar públicos mais jovens e progressistas, o rádio preserva sua força e confiança como meio de informação tradicional — atributos cada vez mais valorizados em meio à avalanche de conteúdos das redes sociais.

Repórter: TudoRádio